i'm not everything you thought that i would be, but every story i have told is part of me.

Tuesday, July 18, 2006

tarefas inacabadas.

como uma folha jogada ao vento, parto ao
encontro de respostas e perguntas
jamais feitas...
- seja bem vindo como se nunca estivesse
estado aqui. -
cabelos arremesados ao ar se
movem como um moinho abandonado....
- relembre um passado que
nunca aconteceu. -
lábios calados pronunciam a mais
pura e real dor de uma alegria...
- vá o mais longe possível, mas
nunca deixe de estar ao meu lado. -
mãos apertam com força
lembranças intocáveis...
- segure essa falsa sensação
de bem estar. -
pés descalços sentem a forte dor
de pisar em um florido campo...
- combata os demônios que sempre
batalharam por você. -
neurônios paralizados, ainda em
busca de resposta...
- mantenha se raciocinando mesmo
que não encontre razões para isso. -
ouvidos ouvem toda à poesia e rítimo
de um verso mudo...
- relembre os velhos ensinamentos que
às novas pessoas não te ensinaram. -
olhos cansados se fecham, e
passam a enxergar um mundo diferente...
- continue sonhando, isso te
manterá vivo. -

Wednesday, July 12, 2006

parte um.

Ali, naquela casa, naquela sala, naquela parede e naquele quadro, habiatava uma misteriosa e oculta garotinha. ninguém podia ve-la ( pois, à garota se escondia dos corvos, atrás de um arbusto floridi ), mas, ela podia ver á tudo e todos que habitavam o mundo do outro lado. via não somente a face externa dos corpos, mas sim, todo o interior, suas belezas, virtudes, tristezas e fraquesas.
À pequena garota era solitária em seu mundo, não havia lá se quer um pequeno animal ( ah não ser os velhos corvos de quem ela fugia, mas, quem gostaria de ter um corvo como amigo? ) muito menos outras pessoas com quem podesse reclamar de sua grande solidão. Tudo que ela possuía, era uma velha casa que ficava ao lado dos arbustos; algum pedaço de grama ( afinal, a tela onde ela vivia não era tão grande assim ); um grande lago ao fundo e um pequeno barco; uma enorme montanha mais ao fundo, um céu amarelado ( aproximava-se um entardecer ) e uns rabiscos no chão, do lado direito inferior, mas ela nunca soube o que aquilo siguinificava ( provavelmente é o nome do autor de sua existência ).
Adelle ( sim sim, esse é o nome dela ) nunca reclamou de sua existência e nem de onde habitava, pois ela tinha tudo o que possuía: água, frutas nascidas no arbustos, um céu encantador e alguns corvos ( aqueles de quem ela fugia, mas ela também não reclamava, porque aquilo tornava o dia dela agitado ). Principalmente, por saber que 'do outro' lado, ela não podia ser feliz, pelo fato de existir outros seres iguais ( mas diferentes ) à ela e isso não lhe traria nenhuma alegria, pois nada melhor do que você ser uma pessoa única em um lugar único ( por mais que esse 'lugar' seja um velho quadro ), e além do mais, ela era importante ali no seu mundinho ( os corvos só podiam perseguir ELA, às frutas só podiam ser degustadas por ELA, à água só podia ser provada por ELA, portanto ela era importante pra alguém) . À pequena sabia também, que lá fora o mundo era mal e frio; às pessoas eram más e frias, foram anos de expêriencia, dezenas de casas, dezenas de paredes e dezenas de seres diferentes com o qual ela nunca se encantou, por se mostrarem serem infelizes e ambiciosos ( à única pessoa com quem Adelle se simpatizou, foi por uma pequena criança que possuia um problema de visão, que um dia sorriu e acenou para ela. Esse foi o único ser que conseguiu vê-la, ela era nobre e tinha um grande coração. )

Tuesday, July 04, 2006

sem título.

o inverno veio nos visitar,
paralizando com as suas virtudes,
mentes e corações fracos.
seja bem vindo, senhor onipotente,
faça de de mim o que quiser,
já não tenho forças para lutar
contra às suas vontades.
leve daqui toda
aquela euforia e
calor que eu sempre apreciei,
já não preciso mais delas.
solidão capaz de completar
todo aquele espaço vazio que às
folhas secas causaram.
não necessito de mais nada,
nem daquelas cores que
lembravam a minha infância,
muito menos daquele cheiro de
inocência que habitava em meu quarto.
você já faz parte do meu subcosciente esquecido,
localizado em uma sala escura e fria,
jogado ao lado de promessas impertubáveis.
palavras tão ironicas como se
um arco-íris podesse criar vida sozinho.